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Como as usinas de cana-de-açúcar podem se preparar para 14% de biodiesel no diesel?

Como as usinas de cana-de-açúcar podem se preparar para 14% de biodiesel no diesel?

Como as usinas de cana-de-açúcar podem se preparar para 14% de biodiesel no diesel?
Localizada em Parapuã (SP), Usina Califórnia utiliza o aditivo Xp3 desde 2019 para fazer o tratamento do óleo diesel, o que permitiu reduzir custos e melhorar a disponibilidade operacional

Gerente de Motomecanização da Usina Califórnia apresentou as consequências do aumento de percentual do biodiesel ao diesel e a importância de se adotar boas práticas para evitar a contaminação do combustível, como o uso do aditivo Xp3

A qualidade do óleo diesel é uma preocupação crescente para as usinas sucroenergéticas do país. Quem fez esse alerta foi Luiz Henrique Medeiros, gerente de manutenção de frota da Usina Califórnia, durante palestra que realizou no início de abril, na 25ª edição do Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-açúcar do Grupo IDEA.

Ao abordar o tema “14% de biodiesel no diesel em 2024! Como se preparar?”, Medeiros analisou as consequências da decisão do Conselho Nacional de Política Energética, que determinou o aumento de 12% para 14% da mistura de biodiesel ao diesel a partir de 1º de março. Além disso, o Conselho confirmou o cronograma de elevação gradual da mistura, que será de 15% em 2025 e atingirá 20% em 2030.

Neste artigo, o gerente da Usina Califórnia apresenta os vários problemas acarretados pela maior presença do biodiesel no diesel e relaciona algumas boas práticas que são fundamentais para garantir a qualidade do combustível utilizado pela empresa. Confira!

Percentual de biodiesel no diesel leva problemas para usinas sucroenergéticas

Medeiros trabalha na Usina Califórnia há seis anos, mas desde 2008 – quando o percentual de adição de biodiesel ao diesel era de 2% – ele acompanha de perto a influência dessa mistura sobre as condições mecânicas e o desempenho dos veículos que transitam pelos canaviais.

“É fato que adicionar biodiesel ao diesel tem pontos positivos: reduz a emissão de CO2, é um combustível renovável e é um lubrificante natural. Mas esse biocombustível interfere, cada vez mais, na qualidade do diesel que colocamos no tanque, trazendo sérios prejuízos para nossas operações”, pontuou.

 

Segundo ele, o maior problema do biodiesel não é a borra que se forma no tanque. A motivo da dor de cabeça vem antes. É a quantidade de água que se acumula, criando o ambiente perfeito para a proliferação de bactérias e fungos, o que ocasiona a degradação do combustível. Isso acontece porque o biodiesel é higroscópico, ou seja, tem a capacidade de absorver a umidade do ambiente.

O resultado desta contaminação é a formação de uma borra escura e ácida no fundo do tanque de caminhões, transbordos, tratores, colhedoras e pulverizadores, além de equipamentos diversos. Extremamente corrosiva (devido a junção de enxofre e água, originando o ácido sulfúrico), a borra prejudica filtros, bombas, telas, ocasiona perda de potência, entupimento de bicos e aumento no consumo de combustível.

 

SAIBA MAIS: Água no tanque: Como resolver o problema de degradação do diesel?

Como a usina pode prevenir a contaminação do diesel?

O primeiro passo é preparar o time da empresa para que tenha condições de adotar, continuamente, as boas práticas voltadas à prevenção da degradação do combustível. Apenas uma equipe consciente e capacitada que pode se engajar nos diferentes processo de manutenção. “Todos precisam estar envolvidos. Se um funcionário não souber que tem que fazer uma drenagem ou aplicar o aditivo Xp3, a usina terá um grande problema.” Sem o comprometimento do time com os riscos da contaminação, toda frota da usina pode ficar comprometida.

É importante escolher fornecedores de diesel com alto padrão de qualidade. “Na Usina Califórnia, assim que um caminhão chega com o combustível na empresa, já retiramos uma amostra para análise no laboratório. Se estiver fora de conformidade, recusamos. Se estiver tudo certo, encaminhamos para a área de descarga”, disse.

Além disso, é necessário avaliar o aspecto do combustível recebido e fazer análises periódicas do diesel e do tanque. Além disso, de acordo com Medeiros, a usina precisa adotar algumas boas práticas visando a prevenção de contaminação do combustível armazenado, como:

• Limpar o tanque de combustível uma vez por ano, no mínimo;
• Vedar adequadamente o tanque para impedir a entrada de água e partículas;
• Usar o Xp3, que elimina a contaminação existente e blinda o combustível de uma futura degradação.

 

LEIA MAIS: 14% de Biodiesel no Diesel: como prevenir os problemas dessa medida?

Métodos para realizar o tratamento do diesel?

Para assegurar a qualidade do diesel utilizado pelos equipamentos, Medeiros explicou que a usina Califórnia realiza dois tipos de tratamentos: físico e químico.

• Tratamento físico: adotado de forma preventiva para que o problema (que é uma realidade do próprio combustível) não seja potencializado. Este tratamento consiste na limpeza anual e na drenagem periódica dos tanques de armazenamento, e também na verificação estrutural, para que não ocorram infiltrações e se garanta o uso de sistema de filtragem de boa qualidade.
• Tratamento químico: a usina utiliza o aditivo Xp3 que eliminou a contaminação que havia nos tanques e mantém a alta qualidade do combustível, evitando a recorrência da contaminação e a sua degradação.

Luiz Henrique Medeiros, gerente de manutenção de frota da Usina Califórnia, durante palestra no Seminário de Mecanização do Grupo IDEA

 

Benefícios de aditivar o diesel

É muito importante ter critério na escolha do aditivo utilizado para o tratamento do diesel. “Tem muita gente que aparece na usina oferecendo soluções milagrosas para tratar a contaminação do combustível. Inclusive, usar somente um bactericida não resolve esse problema. É preciso ser um aditivo que elimina a água presente no diesel, que é a responsável pela formação da borra”, explicou Medeiros.

Na Usina Califórnia, o uso de aditivo no diesel começou em 2019 com o Xp3, que é o aditivo para diesel referência no mercado brasileiro. No entanto, Medeiros conheceu ainda em 2014 os resultados positivos deste aditivo, quando ainda trabalhava no Grupo Caeté, em Alagoas.

“Como gerente de manutenção da Califórnia, preciso preparar a usina para as consequências da maior presença de biodiesel no diesel. Caso contrário, uma contaminação do combustível pode afetar a disponibilidade dos equipamentos nas operações e aumentar o custo com manutenção, principalmente de bomba, bico e unidade injetora”, salientou. Na empresa, a recomendação de aditivação do diesel armazenado ocorre na proporção de 1 litro de Xp3 para 4 mil litros de Óleo Diesel.

 

Confira os benefícios do uso do aditivo Xp3:

• Elimina as colônias de bactéria presentes no diesel, devolvendo sua característica original;
• Gera melhor rendimento aos equipamentos;
• Reduz gasto com manutenção;
• Previne a oxidação do diesel;
• Elimina água do combustível;
• Mantém bicos, injetores, bombas e elementos diversos limpos;
• Aumenta a vida útil dos equipamentos e a disponibilidade operacional.

Outro benefício que se tem em relação ao uso do Xp3 é quanto ao consumo de combustível. “É que, como o diesel utilizado passa a ser mais limpo, a sua queima melhora. Isso previne quebras corriqueiras nos equipamentos e ocorre a melhoria do consumo de combustível, na ordem de 1%, no mínimo.” Mas esse benefício advém somente com o uso contínuo do Xp3.
Quando esse aditivo começou a ser utilizado na Usina Califórnia, a equipe da Ecofuel – distribuidora oficial do Xp3 no Brasil – treinou os colaboradores da empresa para fazerem a aplicação adequadamente.

Se a usina não quer ter problema, deve fazer uso contínuo do Xp3

Como as consequências do aumento do percentual de biodiesel ao diesel tende a aumentar nos próximos anos, é importante ter em mente que o risco de contaminação do combustível será constante.

Por isso, é importante fazer o uso contínuo do aditivo Xp3. “Parou de usar, a usina volta a ter o problema”, frisou Medeiros, destacando que o diesel está livre da degradação quando a contaminação está num nível igual ou abaixo de 0,05%, segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

Durante sua palestra no Seminário de Mecanização, Medeiros mostrou imagens de um volume de diesel contaminado, que recebeu tratamento com Xp3. “Dois meses após iniciar o uso do aditivo Xp3, o mesmo diesel já estava limpo”, afirmou.

Coleta e análises laboratoriais do Óleo Diesel – primeiros 60 dias do tratamento do diesel da Usina Califórnia com o Xp3

 

Para atestar que o óleo diesel da Usina Califórnia está livre de contaminação, a equipe do Xp3 realiza testes laboratoriais, que consistem na(o):

• Coleta periódica de uma amostra do diesel;
• Registro desta amostra por meio de fotos;
• Envio deste material para análise do Senai, que é uma instituição isenta e gabaritada para realizar este procedimento;
• Coleta de uma contraprova, que fica com a Usina;
• Recebimento posterior de um laudo detalhado emitido pelo Senai, com os resultados da análise.

O atendimento oferecido pela Ecofuel faz muita diferença: “a cada 45 dias, um técnico do Xp3 vai até a usina para coletar amostra do nosso combustível e mandar para o laboratório, sendo que uma contraprova da amostra fica conosco”, relatou Medeiros. O objetivo é disponibilizar um acompanhamento customizado.
“O último teste laboratorial, realizado em fevereiro de 2024, mais uma vez mostrou que estamos livres de contaminação, com índice de 0,01%”, ressaltou Medeiros.

 

Modelo de laudo de ensaio laboratorial emitido pelo Senai

 

Amostra para ensaio laboratorial (fevereiro de 2024)

 

Laudo do Senai – ensaio laboratorial (fevereiro 2024)

 

 

Redução de custos e maior disponibilidade operacional

O trabalho desenvolvido por Medeiros na Usina Califórnia, em parceria com o Xp3, comprova que fazer o tratamento do diesel assegura redução de custos para o negócio. “Um dos principais benefícios do uso deste aditivo é reduzir os custos com desgaste prematuro de bomba, bico e unidades injetoras. E isso ocasiona maior disponibilidade operacional para a operação agrícola”, destacou.

Durante o Seminário, ele apresentou números médios de redução de custos de manutenção (serviços e peças) para diferentes grupos de equipamentos desde o início do uso do Xp3 na Usina Califórnia (de 2019 até os dias atuais):

• 25,7% de redução de custos para caminhões;
• 26,1% para comboio;
• 41% para carregadeiras de cana;
• 23% para carro-pipa;
• 27% para oficina volante;
• 26% para cavalo mecânico;
• 32% em operação de vinhaça.

A menor ocorrência de problemas de manutenção tem como reflexo a melhoria de disponibilidade dos equipamentos para as operações agrícolas. Confira o aumento da disponibilidade de alguns dos equipamentos na Usina Califórnia entre 2019 (quando Xp3 começou a ser usado) e o ano de 2023:

• Caminhão prancha – aumento da disponibilidade de 77% para 88%;
• Bombeiro – saiu de 60% e hoje está em 91%;
• Comboio – aumento de 73% para 83%;
• Caminhão munck – incremento de 45% para 89% de disponibilidade.

 

Uso do Xp3 deve ser aliado a boas práticas

“O uso do Xp3 é um dos responsáveis pela melhoria dos nossos números, mas para que possamos atingir todo benefício que esse aditivo pode nos oferecer, algumas boas práticas também são fundamentais”, esclareceu Medeiros.

 

Boas práticas:

• Dosagem proporcional correta – tem que explicar para o colaborador a importância da aplicação e no patamar recomendado;
• Uso contínuo do aditivo Xp3;
• Drenagem dos tanques;
• Verificação da vazão dos drenos dos tanques;
• Verificação de possíveis infiltrações.

 

“Quem não usa o aditivo Xp3 para controlar contaminação está atrasado!”

Segundo Medeiros, não é mais possível utilizar diesel na usina sem que o combustível seja tratado. “Nosso diesel hoje é de péssima qualidade.” Para não sofrer as consequências da contaminação, causada pela maior presença do biodiesel, é importante tomar todos os procedimentos necessários, inclusive o uso de aditivos de qualidade, como o Xp3. “Quem não utiliza, está muito atrasado.”
Para ele, os profissionais de manutenção e motomecanização das usinas precisam se preparar para o risco cada vez maior de degradação do combustível. Somente assim poderão garantir maior disponibilidade de operação e por custo reduzido.

Mas vale a pena financeiramente investir no Xp3?

“Com o uso deste aditivo, somente em relação a custo, tivemos redução de 35% em custos operacionais. Isso significa que, se tínhamos gasto anual em bombas, bicos e unidades injetoras de R$ 100 mil e com o Xp3 gastei 35% a menos, passei a gastar apenas R$ 65 mil com esses itens, ao invés de R$ 100 mil”, finalizou Medeiros.
Se você quer saber mais sobre os benefícios do Xp3, como usar o produto ou está interessado em adquiri-lo, acesse nosso website: www.xp3.com.br.



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