No cronograma anterior, a mistura de biodiesel ao diesel chegaria ao B14 em abril de 2025; elevar o patamar de adição aumenta o risco de contaminação do combustível, exigindo o uso do aditivo Xp3
O percentual de mistura do biodiesel ao óleo diesel comercializado no país passará dos atuais 12% para 14% a partir de 1º de março. A medida foi aprovada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) no final de 2023 e contempla o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB).
Se por um lado o aumento da mistura traz boas perspectivas para toda cadeia de produção de biodiesel, por outro traz um sinal de alerta por conta das consequências negativas dessa decisão e que afetam diretamente as empresas e os motoristas que abastecem seus veículos com diesel.
Neste artigo, vamos trazer detalhes sobre esse impacto e como é possível minimizar alguns dos problemas provocados pela elevação do percentual de biodiesel na mistura.
Antecipação do aumento da mistura
A decisão do CNPE antecipa o cronograma anterior, firmado em 2023, que previa a mistura de 14% de biodiesel (B14) apenas para abril de 2025. Além disso, o Conselho estabeleceu que, em março de 2025, o percentual de mistura suba para 15%, sendo que anteriormente o B15 estava previsto apenas para 2026. Essa política de mistura do combustível renovável ao diesel, prevista no PNPB, começou a vigorar em 2005, inicialmente com o patamar de 2%.
Com o mandato de mistura de 14%, a produção e a venda de biodiesel devem aumentar. Isso porque as distribuidoras são obrigadas a comprar o biocombustível para adicionar ao diesel de origem fóssil comprado nas refinarias. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a expectativa é que, com o B14, seja evitada a emissão de 5 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, além da redução de cerca de R$ 7,2 bilhões com a importação de diesel fóssil.
Além disso, com a elevação da mistura de 12% para 14%, a estimativa é de que a produção de biodiesel no Brasil supere os 9 bilhões de litros em 2024, segundo projeções do Itaú BBA. O novo percentual de mistura também deve elevar a demanda por soja para o processamento do óleo em cerca de 28% neste ano. Vale destacar que, no Brasil, esta oleaginosa é a principal matéria-prima usada na fabricação do biocombustível.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, essa medida tem três efeitos: “diminui a nossa dependência de importação de óleo diesel e ajuda descarbonizar a matriz energética, já que a ANP vem avançando muito na certificação da qualidade dos produtos de biocombustíveis aprovados no Brasil. Outro benefício é por estimular a nossa agricultura nacional”, afirmou o ministro. “Além do Brasil, países como Argentina, Uruguai, Paraguai e Estados Unidos também têm mandato obrigatório para a mistura. Nos EUA, a maioria dos estados adota percentual de 20% de mistura”, completou.
Teste indica que o B14 pode trazer graves consequências
Os associados da CNT (Confederação Nacional do Transporte) têm sofrido na pele as consequências do “excesso” de biodiesel ao diesel. Por isso, diante do anúncio do governo da antecipação do aumento da mistura para 14% em 2024, publicou nota demonstrando preocupação com o novo aumento do percentual de biodiesel de base éster ao combustível fóssil.
“A CNT entende que, para essa decisão, não deve ser considerada apenas a capacidade de produção do insumo no Brasil, mas as consequências desse aumento sobre o funcionamento dos veículos, assim como os impactos econômico, ambiental e de segurança sobre toda cadeia de transporte e logística do país”, diz a nota da CNT.
Jornalista especializado em automóveis há mais de 55 anos, Boris Feldman está preocupado com o aumento significativo da mistura do biodiesel ao diesel. “Teoricamente o biodiesel é excelente substituto do diesel fóssil. É renovável e produzido a partir de vegetais. No entanto, há consenso que o percentual máximo para a sua adição ao diesel, adotado na Europa, não deve superar 7% sob o risco de prejudicar e encarecer a operação e o funcionamento dos motores”, afirma.
Ele lembra que os usuários de diesel no Brasil não tiveram problema até o patamar de mistura atingir 10% de biodiesel. “Mas já subiu a mistura sob protestos para B12 e deve atingir B15 em 2025. E já se fala no governo em elevar a mistura para 25%”, alerta.
Para entender melhor o impacto do aumento do percentual do biodiesel ao diesel, vale citar um estudo realizado pela Sambaíba Transportes Urbanos – concessionária de transporte público em São Paulo. A empresa fez em sua frota testes com o B15 – patamar de mistura previsto para entrar em vigor em 2025. O resultado foi que o uso de 15% de biodiesel danifica os ônibus e amplia o custo do serviço prestado.
A empresa apresentou o estudo para a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), em que afirma ter usado o B15 por sete meses em seus veículos e encontrou cenário desfavorável do ponto de vista técnico, com aumento de custo operacional e ocorrências que prejudicaram o desempenho técnico da frota.
Com o teste, a Sambaíba precisou reduzir de 30.000 km para 4.500 km o intervalo de substituição de filtros dos ônibus. Também teve que aumentar a frequência na troca de filtros do sistema de recebimento do combustível e do tanque da garagem, com aumento de 417,7% nos custos desses itens. Além disso, os ônibus da empresa que participaram do estudo tiveram perda de potência e falhas no sistema de partida.
Confira os problemas causados pelo aumento da mistura do biodiesel ao diesel
Embora a maior adição do biocombustível ao óleo diesel contribua para o desenvolvimento da cadeia de produção do biodiesel, a decisão de aumento da mistura deveria ser melhor discutida por diferentes setores da sociedade, incluindo pesquisadores e entidades representativas.
Isso porque, assim como a elevação progressiva do biodiesel ao diesel traz benefícios positivos de descarbonização e estímulo à cadeia produtiva do biocombustível, também traz consequências graves para o usuário de diesel no país.
O primeiro impacto pode estar no bolso. O custo de produção do biodiesel pode pressionar o valor final do litro do diesel, principalmente se houver oscilação pra cima do preço da saca de soja.
Mas o principal impacto do aumento da mistura do biodiesel ao diesel é técnico. Para que o biodiesel possa ser misturado ao diesel, precisa cumprir as especificações técnicas determinadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “A especificação do biodiesel tem sido aprimorada constantemente ao longo dos anos, o que tem contribuído para a sua harmonização com as normas internacionais e alinhamento da sua qualidade às condições do mercado brasileiro”, informa a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
No entanto, de acordo com especialistas, um dos fatores que prejudicam o biodiesel produzido no Brasil, hoje, é a metodologia utilizada para a sua fabricação: a base éster. As características químicas do biocombustível que é produzido nesse sistema desencadeiam diversos problemas mecânicos e, consequentemente, ambientais.
Desta forma, o biodiesel que é produzido no Brasil é mais higroscópico que o diesel, ou seja, absorve mais umidade, ocasionando maior acúmulo de água, o que acelera o processo de contaminação por fungos e bactérias e gera a formação de borra no tanque de armazenamento.
Por que a presença de umidade provoca a degradação do diesel?
Isso acontece porque a água é o principal meio para a proliferação de bactérias. E ela pode chegar aos tanques de diversas formas. Um dos motivos é pela diferença térmica entre o dia e a noite, o que ocasiona condensações internas posteriormente absorvidas pelo diesel.
Portanto, a água é uma vilã para o diesel! O resultado de sua presença no combustível é a formação de bactérias que geram uma borra escura e ácida no fundo do tanque. Extremamente corrosiva (devido à junção de enxofre e água, originando o ácido sulfúrico), prejudica filtros, bombas, telas, ocasiona perda de potência, entupimento de bicos, além de aumentar o consumo de combustível.
Além disso, a água é altamente nociva ao sistema de alimentação dos veículos/equipamentos, ocasionando danos a bombas e bicos injetores.
O rendimento do veículo é afetado negativamente, assim como os custos com a manutenção de equipamentos.
A contaminação do diesel causa:
• Deterioração do óleo diesel;
• Oxidação de bicos e bombas injetoras;
• Necessidade de troca prematura de filtros por causa da saturação;
• Perda de potência dos motores;(tiramos maquinários)
• Menor disponibilidade operacional dos veículos/ equipamentos.
• Redução da vida útil dos motores
• Aumento do consumo.
➔ Utilização do Xp3 para assegurar a qualidade do diesel
O uso de aditivos é uma das principais alternativas para combater os problemas citados anteriormente, pois possuem ativos bactericidas capazes de blindar o diesel da ação das bactérias causadoras da borra, a qual, por sua vez, danifica todo o sistema de injeção e bombas das máquinas.
Além do controlar as bactérias, os aditivos funcionam como “purificadores”, melhorando a eficácia, a lubricidade do diesel e protegendo-o da oxidação precoce. Entretanto, é preciso cuidado na hora de escolher o aditivo que será usado: um produto sem qualidade é ineficiente! Um aditivo de eficácia comprovada no mercado é o XP3.
• Único com ação completa sobre a água.
Um dos principais diferenciais de Xp3 é a sua ação sobre a água. Nenhum aditivo para diesel do mercado tem a mesma eficácia. Como a umidade é o ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias, acelera o processo de degradação do combustível, causando a formação de ácido sulfúrico e borras, o que é altamente nocivo ao sistema de pré e pós combustão dos veículos e equipamentos.
Já o Xp3, assim que é aplicado, age sobre a água emulsionada no diesel, formando assim um novo composto livre de seus efeitos negativos.
O XP3 é muito eficiente no controle da contaminação do combustível porque reage com a água presente no diesel, formando um novo composto livre dos efeitos negativos da água.
• Confira outros benefícios do Xp3:
– Combate eficiente às bactérias,
– Eliminação da água emulsionada no combustível,
– Redução da necessidade de drenagem da água nos tanques de armazenamento,
– Efeito antioxidante que protege o diesel da oxidação quando armazenado em tanques e tubulações,
– Descarbonização do sistema de injeção,
– Aumento no intervalo de troca de filtros, bombas e afins, prolongamento da vida útil de motores etc.
➢ LEIA MAIS: Aditivo para Óleo Diesel: Por que usar? Quais problemas ele resolve e evita?
Cuidados importantes para garantir a qualidade do óleo diesel
Confira, a seguir, algumas orientações para manuseio e armazenamento correto do combustível são importantes para assegurar a qualidade do diesel.
• Verificar se os tanques e compartimentos de armazenamento e transporte estão isentos de água antes do abastecimento com óleo diesel.
• Verificar periodicamente a presença de água, principalmente no fundo dos tanques e realizar sua drenagem.
• Manter os tanques de armazenamento preferencialmente na capacidade máxima permitida para minimizar a presença de oxigênio e vapor d’água, evitando oxidação do combustível e formação de borra.
• Drenar equipamentos e veículos quer não serão usados por longos períodos, de forma a evitar o acúmulo de água e a deterioração do combustível.
• Observar amostra de seu combustível para verificar sua qualidade, bem como a presença de micro-organismos contaminantes.
➔ Análises Periódicas do Óleo Diesel
No segmento de combustíveis do país, esse é um grande diferencial da Ecofuel, empresa que fornece o Xp3 ao mercado brasileiro! A avaliação técnica do óleo diesel e das condições de armazenamento do cliente é o ponto de partida da metodologia usada pela empresa em cada atendimento. As análises laboratoriais periódicas atestam a qualidade do combustível, permitindo prevenir condições de contaminação ou identificar precocemente um processo de degradação.
Depois de cada análise, a equipe técnica da Ecofuel, distribuidora do Xp3 no Brasil, apresenta as melhores soluções de forma a atender as necessidades do cliente, acompanhando periodicamente o seu combustível até que o mesmo fique dentro dos padrões esperados de qualidade, gerando performance e confiabilidade operacional.
Para prevenir quaisquer riscos de degradação do combustível e prejuízo ao equipamento, a indicação é que se deve usar 1 litro de Xp3 para o tratamento de 4 mil litros de diesel. Vale lembrar de que o uso contínuo e ininterrupto do Xp3 é que garante a qualidade de combustível.
➔ Cuidados durante recebimento, transporte e armazenamento
Ao receber o combustível do distribuidor, a checagem do mesmo é uma boa maneira de atestar sua qualidade, antes de transferí-lo para o seu tanque de armazenamento.
Isso pode ser feito colhendo uma pequena amostra.
Conferir o Registro de Análise de Qualidade (encontra-se junto à nota fiscal) é outro hábito indispensável. O transporte até a empresa e o armazenamento devem respeitar as recomendações para assegurar a melhor qualidade possível.
Quer saber mais sobre como evitar a contaminação do combustível, causada pelo aumento da mistura do biodiesel ao diesel?
Entre em contato conosco: www.xp3.com.br
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