A mistura de biodiesel ao diesel está avançando — e isso exige atenção redobrada com a qualidade do combustível.
Pelo cronograma definido em 2023, o percentual de biodiesel no diesel (o chamado B14) só entraria em vigor em abril de 2025. No entanto, a antecipação dessa meta traz à tona uma preocupação crescente: o aumento da mistura pode elevar os riscos de contaminação do combustível, tornando ainda mais necessária a aplicação de aditivos de alta performance, como o Xp3.
Aumento confirmado: de 12% para 14% já em março de 2024
A partir de 1º de março de 2024, a mistura obrigatória de biodiesel no diesel vendido no Brasil passou dos 12% para 14%. A decisão foi aprovada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) no fim de 2023 e está alinhada às diretrizes do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). É importante notar que, em junho de 2025, o B14 permanece como percentual vigente.
Benefício para o setor, mas alerta para o consumidor
Se, por um lado, a medida anima a cadeia produtiva do biodiesel, por outro acende um sinal de alerta. Os impactos negativos podem atingir diretamente as empresas consumidoras de diesel, com maior incidência de falhas mecânicas, entupimentos e contaminação nos sistemas, principalmente sem o uso de aditivos adequados.
Como minimizar os efeitos colaterais da mistura?
É sobre isso que falaremos a seguir: os desdobramentos da nova medida e as soluções disponíveis para mitigar os efeitos da elevação do teor de biodiesel no diesel.
Antecipação do cronograma e aumento gradual
A decisão inicial do CNPE antecipou o cronograma original, que previa o B14 apenas para abril de 2025, fazendo-o entrar em vigor em março de 2024. Além disso, havia uma previsão para que, em março de 2025, a mistura subisse novamente, chegando a 15% (B15) — o que só aconteceria em 2026. No entanto, em fevereiro de 2025, o CNPE reavaliou e decidiu manter o B14, como detalharemos adiante.
Com essa antecipação do B14 em 2024, a produção e a comercialização de biodiesel tendem a aumentar, já que as distribuidoras precisam adquirir o biocombustível e misturá-lo ao diesel de origem fóssil vindo das refinarias.
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a adoção do B14 pode evitar a emissão de até 5 milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera, além de gerar uma economia expressiva em importações de diesel fóssil.
Impacto na produção e no agronegócio
Com o salto de 12% para 14%, a estimativa é que a produção nacional de biodiesel ultrapasse os 9 bilhões de litros em 2024, de acordo com projeções do Itaú BBA. Esse aumento também deve impulsionar a demanda por soja — principal matéria-prima do biodiesel no Brasil — em cerca de 28% no mesmo período.
Mais segurança energética, menos emissões e incentivo à agricultura
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira: “O preço dos alimentos é a grande prioridade do nosso governo. Considerando a necessidade de buscarmos todos os mecanismos para que o preço seja mais barato na gôndola do supermercado, mantemos a mistura em B14 até que tenhamos resultados no preço dos alimentos da população, já que boa parte da produção do biodiesel vem da soja”.
Testes apontam que o B14 pode trazer sérias consequências operacionais e econômicas
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) reforça a necessidade do estabelecimento de critérios técnicos antes de qualquer alteração no percentual de biodiesel. Atualmente, o Brasil já adota um índice superior à média internacional de 7%, o que tem gerado desafios operacionais para o transporte rodoviário. A Entidade alerta que teores elevados podem causar formação de borra nos tanques, entupimento de bicos injetores, comprometimento da potência dos veículos e redução da vida útil das peças.
“O aumento da mistura de biodiesel deve ser conduzido com responsabilidade e transparência, com base em testes abrangentes que garantam a viabilidade técnico-operacional, além da participação de todos os setores envolvidos na decisão”, afirma Vander Costa, presidente do Sistema Transporte.
A decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de manter a mistura de 14% de biodiesel (B14) no diesel comercializado no Brasil, postergando o aumento para 15% (B15) previsto para março, visa conter a inflação e proteger os motores de veículos. Conforme análise do jornalista Boris Feldman na CNN Brasil, essa decisão do governo ecoa políticas similares adotadas anteriormente, demonstrando uma preocupação contínua com o impacto do aumento do biodiesel nos preços dos combustíveis e na economia como um todo. O biodiesel, embora benéfico para o meio ambiente, é mais caro que o diesel convencional, o que poderia resultar em um aumento nos preços na bomba.
Apesar da manutenção do B14, o setor de transporte público continua enfrentando desafios. Segundo a FETRONOR (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste), o reajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras, com um aumento de 6,3% (equivalente a R$ 0,22 por litro) para as distribuidoras, traz impactos diretos para as empresas de transporte de passageiros. Com o combustível representando um dos principais insumos, a medida resulta em um aumento significativo dos custos operacionais, que já enfrentam dificuldades econômicas. A FETRONOR alerta que o reajuste ameaça a sustentabilidade do transporte de passageiros, dificultando a manutenção e ampliação da frota, a melhoria da qualidade do serviço e a manutenção dos empregos no setor, impactando diretamente a qualidade do serviço.
Problemas causados pelo aumento da mistura do biodiesel ao diesel
Embora a maior adição do biocombustível ao óleo diesel contribua para o desenvolvimento da cadeia de produção do biodiesel, a decisão de aumento da mistura deveria ser melhor discutida por diferentes setores da sociedade, incluindo pesquisadores e entidades representativas.
Isso porque, assim como a elevação progressiva do biodiesel ao diesel traz benefícios positivos de descarbonização e estímulo à cadeia produtiva do biocombustível, também traz consequências graves para o usuário de diesel no país.
O primeiro impacto pode estar no bolso. O custo de produção do biodiesel pode pressionar o valor final do litro do diesel, principalmente se houver oscilação para cima do preço da saca de soja.
Mas o principal impacto do aumento da mistura do biodiesel ao diesel é técnico. Para que o biodiesel possa ser misturado ao diesel, precisa cumprir as especificações técnicas determinadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“A especificação do biodiesel tem sido aprimorada constantemente ao longo dos anos, o que tem contribuído para a sua harmonização com as normas internacionais e alinhamento da sua qualidade às condições do mercado brasileiro”, informa a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
No entanto, de acordo com especialistas, um dos fatores que prejudicam o biodiesel produzido no Brasil, hoje, é a metodologia utilizada para a sua fabricação: a base éster. As características químicas do biocombustível que é produzido nesse sistema desencadeiam diversos problemas mecânicos e, consequentemente, ambientais.
Desta forma, o biodiesel que é produzido no Brasil é mais higroscópico que o diesel, ou seja, absorve mais umidade, ocasionando maior acúmulo de água, o que acelera o processo de contaminação por fungos e bactérias e gera a formação de borra no tanque de armazenamento.
Por que a presença de umidade provoca a degradação do diesel?
Isso acontece porque a água é o principal meio para a proliferação de bactérias. E ela pode chegar aos tanques de diversas formas. Um dos motivos é pela diferença térmica entre o dia e a noite, o que ocasiona condensações internas posteriormente absorvidas pelo diesel.
Ou seja: a água é uma vilã para o diesel!
O resultado de sua presença no combustível é a formação de bactérias que geram uma borra escura e ácida no fundo do tanque. Extremamente corrosiva (devido à junção de enxofre e água, originando o ácido sulfúrico), prejudica filtros, bombas, telas, ocasiona perda de potência, entupimento de bicos, além de aumentar o consumo de combustível.
Além disso, a água é altamente nociva ao sistema de alimentação dos veículos/equipamentos, ocasionando danos a bombas e bicos injetores.
O rendimento do veículo é afetado negativamente, assim como os custos com a manutenção de equipamentos.
A contaminação do diesel causa:
- Deterioração do óleo diesel;
- Oxidação de bicos e bombas injetoras;
- Necessidade de troca prematura de filtros por causa da saturação;
- Perda de potência dos motores;
- Menor disponibilidade operacional dos veículos/ equipamentos.
- Redução da vida útil dos motores
- Aumento do consumo.
Utilização do Xp3 para assegurar a qualidade do diesel
O uso de aditivos é uma das principais alternativas para combater os problemas citados anteriormente. Esses produtos contam com ativos bactericidas que protegem o diesel da ação de bactérias responsáveis pela formação de borra — substância que, por sua vez, danifica todo o sistema de injeção e as bombas das máquinas.
Além de controlar os micro-organismos, os aditivos atuam como verdadeiros “purificadores”: melhoram a eficiência do combustível, aumentam sua lubricidade e o protegem contra a oxidação precoce. No entanto, é fundamental ter atenção na escolha do aditivo: produtos sem qualidade são ineficazes!
Aditivo XP3
Único com ação completa sobre a água
- Um dos principais diferenciais do Xp3 é sua ação sobre a água — algo que nenhum outro aditivo para diesel no mercado consegue fazer com a mesma eficácia. A umidade cria um ambiente ideal para o crescimento de fungos e bactérias, acelerando a degradação do combustível e provocando a formação de ácido sulfúrico e borras, o que prejudica fortemente os sistemas de pré e pós-combustão dos veículos e equipamentos.
- O Xp3, ao ser aplicado, atua diretamente sobre a água emulsionada no diesel, formando um novo composto isento dos efeitos negativos da umidade. Isso torna o produto altamente eficiente no controle da contaminação do combustível.
Confira outros benefícios do Xp3:
– Ação eficaz no combate às bactérias;– Redução da necessidade de drenagem de água nos tanques de armazenamento;
– Efeito antioxidante que protege o diesel da oxidação em tanques e tubulações;
– Descarbonização do sistema de injeção;
– Aumento do intervalo de troca de filtros e bombas, prolongando a vida útil dos motores.
Cuidados essenciais para garantir a qualidade do óleo diesel
Quando falamos no uso de biodiesel no diesel, é fundamental redobrar a atenção com o manuseio, transporte e armazenamento do combustível. Combustíveis mal armazenados podem sofrer degradação, perda de desempenho e até causar falhas mecânicas.
Confira abaixo os cuidados recomendados para manter a qualidade do diesel e evitar contaminações:
Armazenamento correto do óleo diesel
- Certifique-se de que os tanques e compartimentos de transporte estão completamente isentos de água antes de receber o diesel.
- Faça a verificação periódica da presença de água, principalmente no fundo dos tanques, realizando drenagens sempre que necessário.
- Mantenha os tanques sempre que possível próximos à capacidade máxima, reduzindo a entrada de oxigênio e vapor d’água — fatores que aceleram a oxidação do diesel e a formação de borras.
- Drene o combustível de veículos e máquinas que ficarão parados por longos períodos, prevenindo o acúmulo de água e a deterioração do diesel.
- Sempre observe uma amostra visual do diesel para verificar a presença de impurezas, água ou micro-organismos contaminantes.
A importância das análises periódicas do diesel
No cenário atual, com a adição de biodiesel no diesel, a análise técnica do combustível se torna ainda mais essencial. A Ecofuel, distribuidora do Xp3 no Brasil, oferece uma abordagem completa para garantir a excelência no desempenho do combustível.
A metodologia inclui:
- Avaliação técnica in loco das condições de armazenamento do óleo diesel;
- Análises laboratoriais periódicas para detectar contaminações ou início de degradação;
- Recomendação de soluções técnicas personalizadas com base nos resultados;
- Acompanhamento contínuo até que o combustível atinja os padrões ideais de qualidade.
Uso preventivo do Xp3: desempenho e segurança
Para garantir a máxima performance do diesel com biodiesel e evitar a formação de borras, água em suspensão ou contaminações microbianas, a Ecofuel recomenda:
- Aplicar 1 litro de Xp3 para cada 4.000 litros de diesel.
- Manter o uso contínuo e ininterrupto do aditivo para preservar a lubrificação e estabilidade do combustível.
Dicas durante o recebimento e transporte do diesel
Garantir a qualidade do combustível começa no momento do recebimento.
Veja como agir:
- Colete uma amostra ao receber o combustível do distribuidor para uma inspeção visual rápida.
- Sempre confira o Registro de Análise de Qualidade, entregue junto à nota fiscal.
- Durante o transporte e armazenamento, siga rigorosamente os protocolos indicados para preservar a qualidade do diesel com biodiesel.
Quer evitar a contaminação causada pela mistura de biodiesel ao diesel?
Fale com a equipe técnica da Ecofuel e conheça soluções eficazes para preservar seu combustível, evitar perdas e otimizar o desempenho da frota.
Acesse: www.xp3.com.br
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