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enxofre no diesel

Enxofre: herói ou vilão?

enxofre no diesel

Esse elemento químico é importante para a vida do planeta, mas também provoca impactos negativos sobre a saúde humana e a natureza. Saiba por quê!

Elemento químico encontrado de diferentes formas na natureza, o enxofre virou notícia nos últimos anos no Brasil quando o assunto é o uso de combustíveis.

Essa substância, quando emitida na atmosfera, pode provocar danos sérios à saúde e ao meio ambiente.

Foram adotadas medidas no país visando a redução da emissão do enxofre – iniciativa que, indiretamente, pode afetar a qualidade dos combustíveis e, por consequência, a vida útil dos equipamentos.

Contamos para você neste artigo, as várias faces do enxofre no diesel e porque é importante usar aditivo no combustível para compensar a sua menor presença nos motores.

O que é o enxofre?

Antes de abordarmos a presença do enxofre (S) nos combustíveis, vamos conhecer melhor esse elemento químico.

Por não possuir boa condução elétrica, faz parte do grupo dos ametais, localizado na família 16 da Tabela Periódica. A família 16 também é conhecida como o grupo dos compostos químicos calcogênios.

O enxofre, em temperatura ambiente, é sólido. Sua cor é composta por um amarelo forte, não possui gosto e o cheiro é semelhante ao de um ovo podre. Pode ser encontrado de diferentes maneiras: em vegetais, como feijão, couve, alho, cebola etc., em proteínas e até em regiões vulcânicas.

Em organismos vivos, esse elemento químico regula a glicose, potencializando a ação das vitaminas ingeridas, além de auxiliar no transporte de minerais. Além das regiões vulcânicas, está presente em outras partes da crosta terrestre, como no gás natural, no petróleo e em reservas de águas quentes.

Nas indústrias, esse elemento é usado em um composto químico para a produção do ácido sulfúrico. É também aplicado na vulcanização de borrachas naturais, na produção de produtos de limpeza e fertilizantes.

Então o enxofre tem importância vital na natureza e para as pessoas? Nem sempre!

Danos à saúde e ao meio ambiente

Este elemento químico faz parte da composição de combustíveis fósseis (como diesel e gasolina). E existe uma explicação científica para isso. O petróleo retirado das reservas brasileiras é bem mais pesado do que o óleo retirado na Ásia, por exemplo, e por isso possui naturalmente uma grande quantidade de enxofre.

Na combustão do diesel dentro dos motores, o enxofre no diesel reage com o oxigênio da mistura combustível-ar e produz dióxido de enxofre (SO2), que é eliminado junto com os outros gases de combustão (CO, CO2 e NOx).

E aí está um dos grandes problemas do enxofre. Além disso, o processo para retirar essa substância dos combustíveis, chamado dessulfurização, é extremamente complexo e caro, segundo a SAE Brasil.

O dióxido de enxofre é muito nocivo à saúde humana e ao ambiente em geral. Ao ser inalado, causa irritação das vias respiratórias, podendo provocar ou agravar doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer.

Além disso, quando o SO2 se acumula na atmosfera, pode reagir com água, formando o ácido sulfúrico (H2SO4), que é o principal agente químico da chuva ácida. Isso acarreta grande destruição ambiental, alteração do pH dos rios e lagos e contaminação dos solos, por exemplo.

No Brasil, a chuva ácida já foi registrada algumas vezes, em localidades como São Paulo e Cubatão.

Resolução trouxe mudanças

As ameaças do enxofre no diesel mobilizaram a sociedade no sentido de reduzir a presença da substância nos motores e mitigar os danos que pode causar quando é emitida na atmosfera.

Desde 2014, segundo Resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), toda a gasolina comum vendida nos postos do país deve conter no máximo 50 mg/kg de enxofre. Até 2013, o derivado do petróleo encontrado nas bombas tinha 200 mg/kg em sua composição.

Com a mudança, a ANP atingiu a redução de 75% na quantidade da substância na gasolina, aproximando o combustível brasileiro ao comercializado em países europeus e nos Estados Unidos quanto à qualidade.

Para a agência, a nova legislação está mais próxima da comercializada nos países europeus e nos Estados Unidos e contribuirá para diminuir em até 94% as emissões de enxofre na atmosfera.

Enxofre no diesel

Combustível mais utilizado no Brasil, o óleo diesel também foi impactado pela resolução da ANP. Passou a ser disponibilizado no mercado nacional o diesel S-10, com menor teor de enxofre e, consequentemente, menos poluente.

Atualmente, são comercializados apenas o diesel S-10 e o S-500. O S-10 possui um teor máximo de enxofre de 10 ppm. Simplificando: existem 10 miligramas de enxofre para cada 1 quilo do líquido. O S-500 possui teor máximo de 500 ppm.

A diminuição do enxofre nos combustíveis, por mais que benéfica ao meio ambiente, trouxe alguns problemas ao diesel, já que o enxofre funciona como uma espécie de proteção ao combustível, que, sem ele, pode ser contaminado com maior facilidade.

Diante dessa situação, é indispensável obter formas de assegurar a qualidade do combustível, impedindo sua degradação (contaminação), que aumenta o custo com manutenção, por exemplo, das frotas agrícolas.

Além dos gastos excessivos com manutenção, esse combustível contaminado tende a render menos e poluir mais, o que é contraditório já que a redução de enxofre visa exatamente diminuir a emissão de um gás altamente poluente.

Como garantir a qualidade do diesel

Para não ter dor de cabeça com o combustível, é necessário, primeiramente, tomar alguns cuidados básicos:

  • Drenagem e inspeção periódica dos tanques de armazenamento,
  • Verificação da qualidade do diesel no momento da entrega,
  • Verificação do combustível (coloração, contaminação por água ou borra).

Em segundo lugar, existem outras formas de garantir a qualidade do diesel, protegendo equipamentos, componentes, veículos e maquinário.

Para isso, uma das estratégias mais eficientes é a aditivação. Considerando os vários benefícios que proporciona ao diesel, podemos até incluir essa prática naquela lista anterior, de cuidados básicos.

Mas atenção à escolha do aditivo, visto que não há mais regulamentação para a produção deste produto. Antes de optar por um fornecedor, é importante buscar comprovante de qualidade, testes e qualquer outro índice que constate a qualidade do produto.

Para não se ter preocupação durante a escolha, uma boa pedida é utilizar o aditivo xp3, que melhora e protege o diesel e os equipamentos.

Se quer conhecer mais sobre o aditivo e suas vantagens, acesse o nosso site! Afinal, aditivar o combustível é mais um reforço nessa luta contra as emissões de gases poluentes, além de fazer bem para o equipamento e para o bolso.

 

REFERÊNCIAS
PINHEIRO, P. C. C. O que é óleo diesel. Belo Horizonte: 2004.
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Resolução ANP nº 42. Brasília: 2009.
Confederação Nacional do Transporte (CNT). Os impactos da má qualidade do óleo diesel brasileiro. Brasília: CNT, 2012.


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